segunda-feira, 7 de abril de 2008

Os Trópicos em exposição






Arina Paiva

O mundo tropical exalta a curiosidade de muitos por seu exotismo, diversidade e clima. É exatamente esse mundo de imagens diferentes que a exposição “Os Trópicos – Visões a partir do centro do Globo”, revela. Com a mistura de arte antiga e contemporânea, a exposição se torna inovadora e inusitada e constrói uma ponte entre o passado e o atual.

O Centro Cultural Banco do Brasil apresenta a exposição com cerca de 130 obras, com trabalhos das regiões tropicais da Ásia, Oceania, África e América Latina, do Museu Etnológico de Berlim, considerado um dos mais importantes do mundo. A mostra evidencia que quando a arte é verdadeira ela permanece, não importa se foi produzida hoje ou há 200 anos, afirma a artista plástica Joana Batista, que fez questão de conferir a exposição pessoalmente.

Com a curadoria de Alfons Hug, Viola König e Peter Junge, a exposição reúne trabalhos de mais de 21 artistas contemporâneos nacionais e estrangeiros que se misturam com obras do passado através de esculturas, fotografias, instalações, pinturas e vídeos atuais. A mostra é dividida em cinco grupos temáticos: Natureza e Paisagem, Imagens do Ser Humano, Poder e Conflito, Cor e Abstração e Sons dos Trópicos.


O “Furor Latino” é representado por Pilar Albarracín, que fez um vídeo com música típica e uma mulher que passa o tempo todo dançando. Mas o diferencial está no close do vídeo, os seios da mulher que ao final trazem uma surpresa. Os rituais também aparecem através de vídeos. Um berimbau elétrico surpreende no meio do caminho. O público senta e assiste a dois vídeos simultaneamente com imagens que retratam o mundo, isso criado por Marcel Odenbach em “Em águas clamas crocodilos guardam a presa”.

Roupas típicas também fazem parte do espetáculo, como o “Manto da noiva” (Odahni). Feito na Índia, na segunda metade do século XX, com seda bordada com linha de metal e pérolas. Fernando Bryce apresenta a séria “Mar do Sul”, com figuras que parecem saídas de histórias pitorescas. Também faz parte da exposição a conhecida “Cabeça de Buda”, da Tailândia, feita de bronze no século XIV. Fiona Tan com sua videoinstalação “Chuva”, provoca a curiosidade dos estudantes Marcelo e Eduardo na procura por erros. “É um jogo de sete erros”, diz Marcelo
Duarte. Já para Eduardo Silva, “o problema está na posição que você vê a cena”.

A Indonésia, Índia e África são representadas com grandes máscaras de povos nativos de meados do século XX. Da Nova Guiné uma madeira entalhada e pintada que representa a figura de um espírito de caça. Sua sombra reflete garras prontas para atingir sua caça. Thomas Struth do Peru leva para tela a beleza do verde da floresta. Cândida Höfer na série “Jardim Zoológico” retrata pedaços de um zoológico em seus detalhes.
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Serviço:
Exposição “Os Trópicos – visões a partir do centro do globo”
Centro Cultural Banco do Brasil
Rua Primeiro de Março, 66 - Centro
De terça a domingo, das 10h às 21h.
Classificação livre / Entrada franca

Leia Mais:
Centro Cultural do Banco do Brasil
Museu do Índio

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