Viviane Temperine
A exposição “Sertão Contemporâneo” aberta na Caixa cultural, mostra o trabalho inédito de quatro artistas sobre as regiões sertanejas do Brasil. A idéia que partiu do curador Marcelo Campos, foi levar o quarteto a uma expedição artística pelo sertão, a fim de documentar a natureza botânica e paisagística, relacionando a arte atual com a visão nacional.
A exposição “Sertão Contemporâneo” aberta na Caixa cultural, mostra o trabalho inédito de quatro artistas sobre as regiões sertanejas do Brasil. A idéia que partiu do curador Marcelo Campos, foi levar o quarteto a uma expedição artística pelo sertão, a fim de documentar a natureza botânica e paisagística, relacionando a arte atual com a visão nacional.
Os artistas, Brígida Baltar, Efrain Almeida, José Rufino e Roselangela Rennó viajaram cada um para uma região brasileira, no período de janeiro de 2007 a fevereiro de 2008, registrando um Brasil com olhar da contemporaneidade. Assim como cada um seguiu caminhos diferentes, seus trabalhos tiveram focos e formas diferenciadas, cada arte tem sua narrativa e maneira de expressar sua visão do sertão.
Na mostra, Brígida Baltar utiliza pó de tijolo para desenhar nas paredes da galeria, como uma fotografia pintada da região de Juazeiro do Norte, o cenário da artista. Efrain Almeida registrou a cidade de Mossoró, no sertão do Rio Grande do Norte, utiliza fotos e desenhos e objetos talhados em madeira, para retratar o cotidiano.
José Rufino viajou da cidade de João pessoa ao sertão de Sousa e Cajazeiras. Na exposição apresenta desenhos pintados com carvão, fotografias e objetos como ossos humanos. Rosângela Rennó retratou Minas Gerais, diferentes dos outros, Rennó utiliza registros dos fotógrafos Léo Drummond e João Castilho no sertão minero e Odilon Comodoro e Joel Castilho, no sertão paulista. Mostrando uma serie de imagens de redemoinhos, em diferente momentos, do surgimento ao desaparecimento, como um relato de momento.
As peças ficam alocadas em seqüência, com uma construção uma tanto perturbadora. Pinturas nas paredes, ossos pelo chão, olhos da Santa talhados em um prato de madeira, deixam os visitantes um tanto confuso, mas impressionados com o pouco conhecido do sertão. Também é possível ver vídeos do cineasta Glauber Rocha, ícone do Cinema Novo, que retratam bem os sertões do Brasil.
Serviço: Caixa Cultural do Rio de Janeiro
Local: Caixa Cultural do Rio de Janeiro
Endereço: Av. Almirante Barroso, 25 – Centro.
Terça a domingo das 10 ás 22 horas.
Entrada franca.
Entrada franca.
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