segunda-feira, 26 de maio de 2008

De peito aberto contra o câncer




Fabiana de Jesus






Com mais de cinqüenta painéis fotográficos, a exposição “De peito aberto”, está de volta ao Rio de Janeiro depois de ter passado por Porto Alegre, Brasília e Salvador. A exibição elaborada pelo o fotógrafo Hugo Lenzi e a jornalista Vera Golik, retrata a dor e a descoberta do câncer de mama. Mas o sofrimento não é o foco principal da exposição, nela também pode ser vista a felicidade das mulheres que venceram a batalha contra a doença.

As fotos revelam todo o turbilhão de emoção que várias mulheres brasileiras passam diariamente. Na exposição foram fotografadas mais de trinta mulheres, entre vinte e sete a sessenta e dois anos, que mostraram, através das lentes de Hugo, a marca feminina, como as perdas dos cabelos e a retirada da mama.

“As imagens são fortes e marcantes. Eu acho muito importante ter uma exposição dessa no nosso país. Muitas mulheres não costumam ir ao médico periodicamente, e por muitas vezes elas descobrem que já estão com a doença avançada, e muitas não sobrevivem muito tempo. Essa exposição é uma conscientização para as mulheres”, explica a ginecologista Paula Martins.

A exposição conta com palestras de profissionais da saúde, que orientam a prevenção da doença e explica como as mulheres e as suas famílias podem lhe dar quando o câncer de mama surge.

A exposição se encontra na Caixa Cultural, Av. Chile, número 230, 3° andar, Centro da Cidade. Dos dias 25 de março até o dia 1° de junho. De terças as sextas, de 10 da manhã às 18 horas / Sábados e domingos, das 11 da manhã às 15 horas. Entrada franca.

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Galeria em Ipanema “expõe” poesia

Ivonteh Merlin

A poesia sai dos livros e invade as paredes na mostra “Poesia na Galeria”, que reúne vários poemas de 12 jovens escritores, entre 20 e 35 anos, de quatro diferentes estados do país, e da contista Maria de Lourdes Coimbra. As poesias estão lotadas a partir do teto e invadem o chão, como se saíssem diretamente das páginas dos livros e se derramasse sobre as paredes.

Martha Pimenta de Moraes é coordenadora do Projeto Poesia na Cândido Mendes e - na noite da inauguração da exposição - comentou estar feliz com a iniciativa. “O objetivo era o de ver a poesia fora das estantes. Queremos recuperar o espaço para a poesia e a troca de conhecimento, por meio de novas experimentações”.

A exposição ainda conta com a presença da obra Caixa Casa Corpo - que reúne vários contos, alguns deles expostos na parede -, de Maria de Lourdes Coimbra, diretora da Galeria de Arte do Centro Cultural Cândido Mendes desde o final dos anos 70, acompanhado por desenhos de Maria do Carmo Secco. Os poemas são obras da nova safra de poetas do início deste novo milênio: Alice Sant' Anna, Ana Rüsche, Angélica Freitas, Augusto de Guimaraens Cavalcanti, Bruna Beber, Dirceu Vila, Domingos Guimaraens, Luiz Felipe Leprevost, Mariano Marovatto, Marília Garcia, Omar Salomão e Vitor Paiva.

Domingos Guimaraens é poeta e artista visual, um dos incentivadores da união entre a poesia e a arte, estava presente na inauguração. “Quando fui convidado pela Martha de Moraes para organizar a exposição, vendo o histórico deste Centro Cultural e conhecendo o trabalho de Maria de Lourdes Coimbra, imediatamente aceitei o convite sabendo que reuniríamos aqui uma grande mostra para oferecer ao público”, conclui Guimaraens. Voltar
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Babinski volta ao Rio de Janeiro depois de 30 anos para expor suas gravuras e fala de suas decepções


Arina Paiva

Depois de 30 anos, o artista Maciej Babinski volta ao Rio de Janeiro para apresentar a exposição ‘Babinski Gravuras’ e segue afirmando, “Não exponho para os críticos, exponho para o público. A arte é para ser sentida e vista depois de pronta”. A exposição reúne 70 gravuras feitas por Babinski até 1986 e entre elas estão obras do período que morou no Rio de Janeiro.

Babinski nasceu na Polônia, mas se naturalizou brasileiro em 1959 e hoje mora no Ceará. Aos 77 anos, Babinski reúne trabalhos como professor, gravador, ilustrador, pintor e desenhista, entretanto, declara que é a gravura a linguagem que sempre o atraiu. E apesar de ter pintado coisas sub-humanas, como o próprio artista classifica sua pintura de seres metade humana, metade animal, o que prefere pintar são paisagens, que aparece significativamente em toda sua obra.

“O que pintamos tem a ver com o momento, com nossa psíqui. Por isso não gosto de dizer que a arte é produzida, artista não é operário. Quando me perguntam o que estou produzindo, apensa digo que estou fazendo alguma coisa”, conta Babinski.

O artista, que usa material adquirido na zona rural cearense, também declara que nunca planeja o que vai pintar. “Eu luto contra a inércia. Às vezes o que me dá inspiração é um dia lindo ou uma música. Então compro uma tela e deixo parada, de repente faço um traço e quando não tenho mais nada para fazer, faço uma arte”.

Ao ser perguntado se a inspiração de suas gravuras com mulheres nuas vinham da mulher brasileira, Babinski conta apenas que essas gravuras sempre causaram polêmica e demonstra sua decepção, “Nós demos passos para trás. Não estou falando da arte pornográfica, não estou dizendo que não pode, pode também, mas estou falando do corpo nu retratado. No passado isso era comum. No Renascimento havia corpo nu por todo lado. Agora quem tem coragem de pintar um nu e pôr na sala?”.

Veja Mais:
Caixa Cultural
Município de Várzea Alegre
Enciclopédia Itaú Cultural
Banco Central do Brasil – Galeria Virtual

Serviço:
Exposição “Babinski Gravuras”.
Data: 07 de maio a 15 de junho de 2008.
Local: Caixa Cultural do Rio de Janeiro – Galeria 1.
Endereço: Av. Almirante Barroso, 25 – Centro.
Horário: De terça a domingo, 10h às 22h.
Entrada franca / Classificação livre.

domingo, 11 de maio de 2008

Caixa Cultural apresenta Sertão contemporâneo

Viviane Temperine

A exposição “Sertão Contemporâneo” aberta na Caixa cultural, mostra o trabalho inédito de quatro artistas sobre as regiões sertanejas do Brasil. A idéia que partiu do curador Marcelo Campos, foi levar o quarteto a uma expedição artística pelo sertão, a fim de documentar a natureza botânica e paisagística, relacionando a arte atual com a visão nacional.


Os artistas, Brígida Baltar, Efrain Almeida, José Rufino e Roselangela Rennó viajaram cada um para uma região brasileira, no período de janeiro de 2007 a fevereiro de 2008, registrando um Brasil com olhar da contemporaneidade. Assim como cada um seguiu caminhos diferentes, seus trabalhos tiveram focos e formas diferenciadas, cada arte tem sua narrativa e maneira de expressar sua visão do sertão.

Na mostra, Brígida Baltar utiliza pó de tijolo para desenhar nas paredes da galeria, como uma fotografia pintada da região de Juazeiro do Norte, o cenário da artista. Efrain Almeida registrou a cidade de Mossoró, no sertão do Rio Grande do Norte, utiliza fotos e desenhos e objetos talhados em madeira, para retratar o cotidiano.

José Rufino viajou da cidade de João pessoa ao sertão de Sousa e Cajazeiras. Na exposição apresenta desenhos pintados com carvão, fotografias e objetos como ossos humanos. Rosângela Rennó retratou Minas Gerais, diferentes dos outros, Rennó utiliza registros dos fotógrafos Léo Drummond e João Castilho no sertão minero e Odilon Comodoro e Joel Castilho, no sertão paulista. Mostrando uma serie de imagens de redemoinhos, em diferente momentos, do surgimento ao desaparecimento, como um relato de momento.


As peças ficam alocadas em seqüência, com uma construção uma tanto perturbadora. Pinturas nas paredes, ossos pelo chão, olhos da Santa talhados em um prato de madeira, deixam os visitantes um tanto confuso, mas impressionados com o pouco conhecido do sertão. Também é possível ver vídeos do cineasta Glauber Rocha, ícone do Cinema Novo, que retratam bem os sertões do Brasil.

Serviço: Caixa Cultural do Rio de Janeiro
Local: Caixa Cultural do Rio de Janeiro
Endereço: Av. Almirante Barroso, 25 – Centro.
Terça a domingo das 10 ás 22 horas.
Entrada franca.

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